Avião da Latam Colide com Pássaro no Galeão e CEO Desabafa: Quem Paga a Conta?

Na manhã desta quinta-feira (20), um voo da Latam, que decolava do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, teve que retornar às pressas. O motivo? Uma colisão com um pássaro, incidente conhecido no setor aéreo como bird strike.

O voo LA 3367, que seguia para São Paulo (Guarulhos), sofreu danos no bico da aeronave, o que levou ao cancelamento da viagem. Felizmente, o pouso ocorreu sem problemas às 11h04, e ninguém se feriu. Mas, enquanto os passageiros eram reacomodados, o episódio reacendeu um debate antigo: quem arca com os custos de um incidente assim?


Colisão com Pássaros: Um Problema Recorrente

Incidentes como esse não são raros. Colisões entre aviões e pássaros acontecem milhares de vezes por ano ao redor do mundo, variando de pequenos sustos a acidentes graves.

O problema é que, dependendo da velocidade e do ponto de impacto, o estrago pode ser grande. Motores podem ser danificados, sensores comprometidos e, em casos mais extremos, a estrutura do avião pode ficar comprometida.

A boa notícia? Companhias aéreas seguem protocolos rígidos para lidar com essas situações, garantindo que a segurança dos passageiros sempre venha em primeiro lugar.


CEO da Latam Critica Cultura de Processos

Após o incidente, Jerome Cadier, CEO da Latam no Brasil, usou as redes sociais para um desabafo. O executivo criticou a alta frequência de ações judiciais contra companhias aéreas e questionou quem deveria arcar com os custos nesses casos.

"Posso apostar que a primeira ação na Justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral pelo cancelamento deste voo, vai chegar amanhã mesmo. E assim segue a aviação brasileira. A pergunta é: quem paga a conta?", escreveu Cadier.

A fala gerou reações diversas. De um lado, há quem concorde que as empresas aéreas enfrentam custos altos e, muitas vezes, processos considerados abusivos. Do outro, passageiros argumentam que é direito do consumidor buscar reparação por transtornos causados por cancelamentos e atrasos.

(Foto: Reprodução/LinkedIn/@jerome-cadier)


A Responsabilidade é da Companhia Aérea?

Aqui está o grande ponto da discussão. Quando um voo é cancelado por fatores externos, como um bird strike, a companhia aérea ainda precisa reacomodar os passageiros e fornecer assistência.

Por outro lado, há uma diferença entre responsabilidade operacional e obrigação legal. Em casos assim, as empresas costumam alegar que o evento foi imprevisível e inevitável, o que pode limitar o direito do passageiro a indenizações.

No entanto, a Justiça brasileira nem sempre vê dessa forma. Cancelamentos costumam gerar processos por danos morais, independentemente da causa.


Como Evitar Colisões com Pássaros?

Aeroportos ao redor do mundo adotam diversas estratégias para afastar aves, como:

  • Uso de radares e sistemas sonoros para espantar pássaros da área de pouso e decolagem.
  • Controle da vegetação ao redor das pistas, para evitar a presença de alimentos e ninhos.
  • Monitoramento constante e protocolos específicos para reduzir riscos ao máximo.

Mesmo assim, eliminar totalmente o risco é impossível. O espaço aéreo pertence a todos – incluindo os pássaros.


5 Impactos Práticos do Caso

  1. Reforço da segurança aérea – A Latam e outros operadores devem revisar procedimentos para minimizar riscos.
  2. Possíveis mudanças regulatórias – O debate pode levar a discussões sobre quem deve arcar com os custos de incidentes assim.
  3. Aumento das ações judiciais – Passageiros podem se sentir incentivados a buscar compensação pelo transtorno.
  4. Maior pressão sobre companhias aéreas – Empresas podem precisar criar novas políticas de atendimento nesses casos.
  5. Discussão sobre o custo da aviação – O episódio levanta questionamentos sobre a viabilidade financeira do setor frente a tantas despesas imprevistas.

Conclusão: Entre a Segurança e o Prejuízo

O episódio no Galeão não foi o primeiro e não será o último. Colisões com pássaros são um risco inevitável da aviação, mas a grande questão que surge é quem deve pagar essa conta.

Enquanto as companhias buscam reduzir custos e evitar processos, passageiros exigem direitos e compensações. No meio disso tudo, a segurança deve continuar sendo prioridade.

A pergunta do CEO da Latam segue sem resposta definitiva, mas uma coisa é certa: a aviação brasileira ainda tem muito a debater sobre esse tema.

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