Enquanto o mundo busca novas formas de energia limpa, uma startup britânica está prestes a fechar um acordo de financiamento de £60 milhões para desenvolver sua tecnologia inovadora de fusão nuclear. Mas há um detalhe que deixa muita gente de cabelo em pé: a China pode ter tomado a dianteira nessa corrida.
O Segredo da First Light Fusion
A empresa First Light Fusion, sediada em Oxford, aposta em uma abordagem diferente para gerar energia por fusão. Em vez dos tradicionais lasers caríssimos ou máquinas extremamente complexas, sua técnica usa um projétil do tamanho de uma moeda de 5 pence disparado em altíssima velocidade contra o combustível nuclear. A colisão desencadeia uma reação poderosa – tudo isso sem precisar dos equipamentos gigantescos que outras tecnologias exigem.
Se der certo, esse método pode tornar os reatores de fusão mais baratos e acessíveis. E convenhamos, transformar a energia do Sol em algo viável aqui na Terra sempre foi um sonho quase mitológico da ciência.
Uma Corrida Contra o Tempo (E Contra a China)
O governo britânico está apostando pesado nessa tecnologia, prometendo um investimento de £410 milhões nos próximos dois anos para projetos de fusão nuclear. E não é para menos. A promessa da fusão nuclear é grandiosa: uma fonte virtualmente infinita de energia limpa, sem resíduos radioativos perigosos como na fissão nuclear.
Mas enquanto os britânicos lutam para viabilizar seus projetos, a China pode já ter dado um passo à frente. No mês passado, cientistas chineses anunciaram que conseguiram manter uma reação de fusão por 1.066 segundos – um tempo recorde. Para piorar, imagens de satélite revelaram que Pequim está construindo um laboratório gigantesco para pesquisas com laser de fusão.
Esse avanço deixou cientistas ocidentais preocupados. A Fusion Industry Association, um grupo britânico da área, alertou que o Reino Unido pode perder seu papel de protagonista na corrida pela fusão nuclear. Para eles, o país tem uma das maiores concentrações de especialistas do mundo nessa tecnologia – mas sem investimentos suficientes, essa vantagem pode escorrer pelo ralo.
O Desafio da First Light
Fundada em 2011 por Nicholas Hawker, a First Light Fusion já queimou milhões de libras tentando transformar sua ideia revolucionária em realidade. Mas como a maioria das startups nesse setor, ainda não gera receita significativa.
Mesmo assim, a empresa está confiante de que o financiamento de £60 milhões sairá até o início de 2025. Claro, os auditores continuam cautelosos, apontando riscos financeiros no horizonte.
Um porta-voz da empresa afirmou:
"Já acertamos os termos para uma rodada substancial de investimentos e vamos anunciar assim que estiver tudo fechado."
Enquanto isso, o relógio segue correndo. Se o Reino Unido quiser se manter na disputa, vai precisar agir rápido – porque na corrida pela energia do futuro, quem piscar pode ficar para trás.
Fonte: Yahoo