O tempo passa, os pódios mudam… e o Brasil sobe. E sobe bonito. Depois de uma campanha de arrepiar em Paris 2024, com nada menos que 89 medalhas no peito — sendo 25 de ouro —, o país não só cravou seu nome no top 5 do ranking paralímpico mundial, como também acendeu uma luz no horizonte: ficar atrás apenas da China até 2040.
Pode parecer ousado, mas pra quem entende o caminho percorrido, essa meta é menos devaneio e mais destino.
De promessa a potência: o plano que já começou
Mizael Conrado, ex-presidente e atual secretário-geral do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), foi direto ao ponto: “Acredito muito que em 2040 o Brasil pode brigar ali com a China”. E olha, vindo dele, não é só otimismo — é estratégia.
Esse salto de qualidade não veio do nada. Em 2018, o CPB lançou um projeto ambicioso: formar jovens atletas com deficiência desde cedo. Escolinhas espalhadas pelo Brasil, mesmo com os obstáculos da pandemia, conseguiram manter o plano vivo. Hoje, são cerca de 10 mil crianças treinando em diferentes regiões. O futuro está sendo moldado agora, nos detalhes.
Paris foi só o começo
A campanha em Paris não foi sorte. Foi suor. Foi trabalho de formiguinha, daqueles que não aparecem nas câmeras, mas fazem a base do castelo. Depois de terminar em sétimo lugar no Rio e em Tóquio, o salto pro top 5 mostrou que o Brasil aprendeu a jogar o jogo dos grandes — e jogar bem.
E mais: o CPB bateu todas as metas traçadas para 2024. Isso é raro. Num mundo esportivo onde muita coisa escapa do controle, acertar o alvo com tanta precisão mostra que há método por trás da medalha.
Los Angeles 2028: manter pra depois avançar
Claro, manter o topo é quase tão difícil quanto chegar lá. E Mizael sabe disso. Los Angeles 2028 será um teste e tanto. A Rússia deve voltar com força, a Ucrânia também, e os Estados Unidos jogam em casa — ou seja, a briga vai ser pesada.
Mas o foco é claro: ficar entre os cinco primeiros. E se manter. Porque ninguém se mantém em quinto sem ser, antes, dono do seu lugar entre os dez. Como diria um técnico mais “raiz”: primeiro entra no jogo, depois briga pelo troféu.
O topo não é um lugar — é uma jornada
O Brasil paralímpico, que começou a ganhar forma em Pequim 2008, agora quer mais. Muito mais. A ideia é crescer de forma sustentável, sem pular etapas. Um passo de cada vez — mas com a meta sempre na frente, como uma linha de chegada que chama, provoca e desafia.
Mizael não fala com arrogância. Fala com a certeza de quem viu de perto a construção desse caminho. O país tem talento, tem estrutura e tem um plano. Agora, é manter o ritmo e não desviar da rota.
O que essa projeção muda pra você?
Acredite, mesmo que você não tenha nada a ver com esporte, essa história mexe com muito mais do que pódios. Veja como:
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Mostra o poder de começar pequeno e crescer com consistência.
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Reforça que inclusão e performance podem caminhar juntas.
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Prova que planejamento a longo prazo dá resultados reais.
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Inspira jovens com deficiência a sonharem alto — e treinarem pra isso.
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Eleva o orgulho nacional com conquistas baseadas em mérito e trabalho.
E agora, Brasil?
O país já subiu muitos degraus. Mas o topo ainda chama. E como toda boa história, essa também precisa de plateia, torcida, apoio. O esporte paralímpico não é só sobre atletas — é sobre transformação social, visibilidade e respeito.
Se você acredita que o Brasil pode ser gigante em qualquer arena, comece a acompanhar de perto. Apoie. Compartilhe. Torça. Porque quando um país acredita, ninguém segura.